Claudia Woods escreve sobre o futuro e os desafios do app de transporte Top of Mind

Há pouco mais de cinco anos, a ideia de que não seria mais preciso possuir um carro para se movimentar em uma cidade como São Paulo era impensável. Ao usar a tecnologia para conectar pessoas que precisavam ir de um lugar a outro com quem tinha um carro disponível, a chegada da Uber representou uma profunda transformação na mobilidade urbana do Brasil.

De um lado, permitiu que milhões de pessoas conseguissem se locomover de um jeito acessível e simples. Como efeito disso, ajudou também a evitar acidentes no trânsito ao oferecer uma alternativa à mistura de bebida e direção, e ainda devolveu o tempo para quem antes precisava ficar preso ao volante nos congestionamentos. Do outro lado, criou milhares de novas oportunidades de geração de renda de forma flexível, sem complicação.

Mas isso ainda é só o começo. Cinco anos e 2,5 bilhões de viagens depois, ainda temos um longo caminho a percorrer no país. Menos de 2% do total de quilômetros percorridos no planeta são feitos por meio de aplicativos como a Uber. Sabendo disso, temos trabalhado incansavelmente para colocar as pessoas em movimento por meio de uma plataforma que apresente cada vez mais opções de mobilidade e que continuamente reduza a necessidade de ter um carro próprio.

​​E não é só para carros que estamos olhando, queremos ir muito além. Seja oferecendo uma ampla integração com transporte público —como já acontece em Denver, nos EUA—, seja  fornecendo dados agregados de nossas viagens para ajudar no planejamento das cidades —como já fazemos em São Paulo com o ​Movement—, seja disponibilizando viagens em diferentes modais, desde bicicletas e patinetes até veículos aéreos, seja conectando restaurantes, entregadores parceiros e pessoas que querem comprar comida de qualidade sem sair de casa, com o Uber Eats.

Esse é o nosso grande desafio para os próximos anos aqui no Brasil: ampliar as opções da nossa plataforma, para que ela atenda a diversas demandas de mobilidade: custo, forma de pagamento, tempo, acesso ou conforto. Tudo isso colocando segurança no topo de nossas prioridades, é claro. O Brasil, como segundo maior mercado global da Uber, é um território crucial para aprendizados. Não é à toa que o país foi escolhido para receber nosso novo Centro de Desenvolvimento Tecnológico, focado em segurança e que já exporta conhecimentos e soluções para os demais mercados da empresa.

Sabemos que a tecnologia por si só não é a solução para os inúmeros desafios de mobilidade, mas, sim, um completo ecossistema que deve ter ao centro as pessoas e que ofereça a elas não só mobilidade e conveniência, mas também novas oportunidades de geração de renda. É assim que acreditamos ser possível estender essa revolução para os próximos 5, 10 ou 50 anos.

Claudia Woods , 44, é diretora-geral da Uber no Brasil

Agência Sindical