A direção da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev) anunciou nesta quarta-feira (8), a demissão de 493 (15%), dos seus 3.360 trabalhadores e trabalhadoras e o encerramento das suas atividades em 20 estados.
Apesar da importância de se manter como públicos a Dataprev e o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), conforme o Portal CUT demonstrou na série de matérias “E eu com isso?" sobre os impactos da privatização dessas empresas no dia a dia da população brasileira, o governo de Jair Bolsonaro insiste no desmonte das estatais, essenciais ao desenvolvimento do país e a soberania nacional.
Como parte do projeto de desmonte da Dataprev foi lançado o Programa de Adequação de Quadro (PAQ), para demitir os funcionários das unidades que serão fechadas. Quem não aderir ao programa até o dia 20 de janeiro, poderá ser demitido, já que não terá a opção de ser transferido para as unidades que ainda funcionarão nos estados do Ceará, Distrito Federal, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo.
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Resistência - A Federação Nacional dos Empregados em Empresas de Processamento de Dados (Fenadados), já está preparando uma série de ações para evitar a demissões dos trabalhadores.
Segundo  a secretária da Mulher Trabalhadora da Fenadados e funcionária da Dataprev, Socorro Lago, a categoria pretende ingressar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) ,na Justiça, agendar reuniões com a direção do Serpro e da Dataprev, além da realização de assembleias dos trabalhadores e trabalhadores, para juntos traçarem um plano de lutas e resistência contra os ataques do governo Bolsonaro à categoria.
“Nossa estratégia compreende também realizar audiências públicas, conversar com vários segmentos da sociedade, inclusive parlamentares, para que eles se sensibilizem sobre a importância de manter a Dataprev e o Serpro como empresas públicas. Mas, para que nossa luta seja vencedora precisamos da união de todos os trabalhadores e trabalhadoras, e pedimos para que eles compareçam às assembleias que serão realizadas. É o momento de estarmos juntos, pois é a vida de centenas de famílias que está em jogo”, enfatiza a dirigente da Fenadados.
Fonte: CUT.