Nunca ocorreu tal fato, em tamanha escala, em tempos de paz. Nos últimos quatro anos, o Brasil fechou 25.376 indústrias, ou seja, média de 17 fábricas por dia.

A matéria, que deveria sacudir os brios da burguesia nacional e do Sindicalismo (afinal, defender o emprego é função vital da atividade sindical), saiu na primeira página do jornal O Estado de S. Paulo, dia 16 de janeiro.

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Os números foram levantados pela CNC - Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. O IBGE também constata a anemia industrial. Segundo o Instituto, a indústria de transformação opera hoje 18,4% abaixo do que produzia em 2011.

Essa baixa se deve ao acúmulo de perdas na produção da indústria entre 2014 e 2016. Em 2017, o setor teve um fôlego, mas logo perdeu em 2018, ficando estagnado.

Metalúrgicas -
 A indústria metalúrgica chegou a ter 2,4 milhões de empregados em seu melhor ano (2013). De 2014 a 2017, teve uma perda de 589 mil postos de trabalho (24,1%).

Para Rodolfo Viana, economista do Dieese junto ao Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região, em 2018, houve uma pequena melhora com a criação de postos de trabalho, mas que não foi suficiente para suprir a queda dos anos anteriores. “O saldo foi positivo com 30 mil vagas, bom por ter estancado a queda, mas ainda irrisório para chamar de recuperação”, diz Rodolfo.

Agência Sindical