Ex-ministro Luiz Marinho conversou com a TV 247 sobre as enormes filas do INSS. Para ele, o governo Bolsonaro está atrasando a aposentadoria para realizar um ajuste fiscal. “O que eles desejam é, a partir de criar o caos, justificar a venda da Dataprev”, disse. Assista

Luiz Marinho
Luiz Marinho (Foto: Reprodução | ABr)
 

247 - O ex-ministro do Trabalho e Emprego e da Previdência Social, Luiz Marinho, em entrevista à TV 247, falou das enormes filas de contribuintes que aguardam a liberação de suas aposentadorias em agências do INSS. Ele criticou a convocação de 7 mil militares feita pelo governo para darem vazão aos pedidos de aposentadoria e criticou a possível privatização da Dataprev.

Marinho, que também é candidato à prefeitura da cidade de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, acredita que Jair Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, estão provocando os atrasos nos pedidos de aposentadoria do povo como forma de realizar um ajuste fiscal às custas da população. 

“Não acredito que seja um problema de incompetência, é fato que eles estão determinando um nível de crueldade ao povo trabalhador. Ou seja, eles estão trabalhando forma orçamentária em cima do sacrifício de homens mulheres que precisam da aposentadoria, que precisam da pensão, que precisam do seguro do trabalho. Tem requintes de crueldade o que eles estão fazendo para economizar no orçamento, estão fazendo ajuste fiscal em cima do trabalhador”.

Luiz Marinho disse também que a Dataprev está sendo desmontada pelo governo Bolsonaro que, criando o caos na instituição, consegue uma justificativa para privatizar a empresa. “É a mesma lógica de privatizar a Dataprev, é uma empresa de muita capacidade tecnológica, eles fizeram todo o ajuste de modernização tecnológica para nós chegarmos a esse estado de excelência da Previdência Social. O que estão fazendo é um desmonte. Saiu muita gente, não fizeram novos concursos, então está faltando mão de obra, e agora vêm com essa balela, essa patifaria, de convocar reservistas para fazer o atendimento. O que eles desejam é, a partir de criar o caos, justificar a venda da Dataprev e justificar outras aberrações do governo Bolsonaro. É um ato de crueldade contra o povo trabalhador”.

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