A taxa média de desemprego caiu, mas a taxa de informalidade, em 41,1%, é a maior desde 2016

Informais são todos os trabalhadores e trabalhadoras sem carteira assinada

A informalidade bateu recorde em 20 estados em 2019. Em 11 estados, mais de 50% dos trabalhadores e trabalhadoras estão sobrevivendo de bicos. Os dados estão na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As maiores taxas de desemprego foram registradas no Amapá (17,4%) e na Bahia (17,2%), enquanto as menores foram registradas em Santa Catarina (6,1%) e nos estados de Rondônia, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, com 8% na média anual.

A taxa média de desemprego caiu em 16 estados do país no ano passado, acompanhando a média nacional (12,3% em 2018 e 11,9% no ano passado).

O país da informalidade

A pesquisa mostra as consequências da reforma trabalhista de Michel Temer, que transformou carteira assinada e direitos em miragem, e da falta de uma política econômica sustentável, com investimentos que gerem emprego decente, de seu sucessor, Jair Bolsonaro.

A taxa de informalidade em todo o país foi de 41,1%, a maior desde 2016. Em 18 estados, a taxa superou a média, variando de 41,2%, em Goiás, até 62,4%, no Pará. No Maranhão, ficou em 60,5%. Em 11 estados, a taxa de informalidade ultrapassou 50% e apenas Distrito Federal (29,6%) e Santa Catarina (27,3%) houve taxas de informalidade abaixo de 30%.

Entenda quem são os informais, segundo metodologia do IBGE

Informais são todos os trabalhadores e trabalhadoras sem carteira assinada, inclusive os domésticos; os que se declaram empregadores, mas não têm CNPJ (não têm empresa registrada em seu nome); trabalhadores por conta própria que não têm CNPJ; e trabalhador familiar auxiliar, ou seja, pessoas que ajudam nos negócios de parentes.

“Em praticamente todo o país, quem tem sustentado o crescimento da ocupação é a informalidade”, diz a analista da pesquisa, Adriana Beringuy. No Brasil, 2,9 milhões de pessoas procuram trabalho há 2 anos ou mais

De acordo com a Pnad Contínua, do IBGE, 44,8% dos desempregados brasileiros estavam entre um mês e menos de um ano em busca de trabalho.Um total de 25% estavam desempregados há dois anos ou mais, 14,2%, entre um ano e menos de dois anos e 16% há menos de um mês.

Com informações da CUT e G1