Em apenas 24 horas, foram contabilizados mais 28.633 casos de Covid-19; país chega a 584.016 confirmações. Dados foram informados com três horas de atraso.

Em meio à aceleração epidêmica, Distrito Federal flexibiliza isolamento social. foto: ABr

No final da tarde de hoje, às 17h56, a coletiva de imprensa com os técnicos do Ministério da Saúde, marcada para as 17h30, foi cancelada — o Ministério da Saúde protelou a apresentação à imprensa para amanhã. Algumas horas depois, foi informado à imprensa que a atualização seria feita às 22 h devido a “problemas técnicos”. Oficialmente, os dados são divulgados às 19h, contudo, há ao menos dez dias eles têm sofrido atrasos que variam de 30 minutos a 1 hora e 20 minutos.

Mais uma vez, o Ministério da Saúde deixou de fazer a entrevista coletiva para prestar esclarecimento sobre as ações relacionadas ao combate da covid-19 e comentar o avanço da doença e das mortes nos Estados. A pasta segue sem ministro há 19 dias, desde que Nelson Teich, pediu demissão. Neste período, o Ministério está sob a guarda interina do general Eduardo Pazuello.

O mais recente balanço com as atualizações de casos e mortes por complicações do coronavírus Sars-Cov-2 no Brasil traz os seguintes dados:

  • 32.548 mortes, eram 31.199 na terça (2)
  • Foram 1.349 registros de morte incluídos em 24 horas
  • 584.016 casos confirmados, eram 555.383 na terça
  • Foram incluídos 28.633 casos em 24 horas
  • 312.851 pacientes estão em acompanhamento (53,6%)
  • 238.617 pacientes estão recuperados (40,9%)

O balanço da quarta-feira registrou também 408 mortes que aconteceram nos últimos 3 dias. Além disso, segundo o Ministério da Saúde, há mais 4.115 suspeitas que estão sob investigação.

O número de pessoas recuperadas da doença também sobe a cada dia, e já chega a 238.617, o equivalente a 40,9% dos pacientes. Ainda segundo a pasta, mais de 312 mil casos seguem em acompanhamento.

Balanço por estados

Com alguns dos piores índices epidêmicos, Rio de Janeiro flexibiliza isolamento social e reabre praias.

O Ministério da Saúde divulgou também a distribuição dos casos e mortes por complicações do novo coronavírus (Sars-Cov-2) por estado brasileiro.

A maior alta de mortes foi puxada pelo Rio de Janeiro (324 novos óbitos), que também registrou seu recorde nesta pandemia. Outros cinco estados também contabilizaram a maior alta no número de vítimas fatais de covid-19: Paraíba (35 novas mortes), Alagoas (24), Minas Gerais (17), Distrito Federal (14) e Mato Grosso (seis).

A região Sudeste passou das 15 mil mortes oficiais por covid-19 (15.290, exatamente), das quais mais de 8 mil foram em São Paulo. Para efeito de comparação, se os quatro estados da região formassem um país, este país seria o sétimo do mundo com mais óbitos registrados da doença — à frente de México, Bélgica e Alemanha, por exemplo.

Já o Nordeste chegou a 10.066 mortes por covid-19 registradas. Um dos estados nordestinos, o Maranhão, agora contabiliza 1.028 óbitos e desta forma se torna o sétimo estado brasileiro a passar das 1 mil mortes causadas pela doença.

SP lidera estados com mais mortes

São Paulo ultrapassou hoje o número de oito mil mortes pelo novo coronavírus. De acordo com dados divulgados hoje pelo governo paulista, 8.276 pessoas foram vítimas da covid-19. Além disso, o estado chegou a 123.483 casos oficiais da doença.

Ao todo, o estado tem uma ocupação de 72.3% dos leitos de UTI, enquanto a Grande São Paulo está com 84.7%. Já a capital apresenta uma taxa de 63%. Ontem, o estado de São Paulo registrou 327 mortes em 24 horas — número mais alto atingido em um dia desde o início da pandemia.

Balanço de casos e mortes por coronavírus no Brasil em 3 de junho — Foto: Ministério da Saúde/Divulgação

Os dados chegam no momento em que muitos Estados e municípios discutem e implementam medidas de flexibilização da quarentena. De acordo com dados compilados pela Universidade Johns Hopkins os números  globais da covid-19 mostram que a curva de contágio do Brasil continua ascendente, diferentemente de outros países europeus e asiáticos em processo de flexibilização, cujos dados parecem indicar, uma estabilização no número de casos.

Um grupo de cientistas de universidades de São Paulo estima que as cidades brasileiras que reduziram o distanciamento social nesta semana podem ter um aumento de 150% no número de infectados e mortos pelo novo coronavírus em dez dias.

Análises feitas pelo grupo mostram que a curva de crescimento do Brasil é a que mais acelera no mundo e a única que a partir do 50° dia após o surgimento de casos a manter essa tendência. Em quase todos os estados o crescimento da covid-19 continua a acelerar.

Vermelho