Por Ana Conceição e Anaïs Fernandes, Valor PRO

Depois de um primeiro semestre perdido, a expectativa é que a economia brasileira possa ter um momento inicial de recuperação na segunda metade do ano até mais forte do que o esperado, ajudada pela reabertura das atividades. É o que apontam dados de julho e indicadores preliminares de agosto. O desempenho do quarto trimestre, porém, é mais incerto, por causa das indefinições sobre a extensão do auxílio emergencial e também dos encaminhamentos políticos e fiscais que serão dados ao país, afirmam economistas.

Mediana das estimativas dos economistas consultados pelo Valor Data aponta que o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre deve crescer 5,4%, na comparação com os três meses imediatamente anteriores, feitos os ajustes sazonais.

Por causa de um segundo trimestre “menos pior” e da percepção de que o período de julho a setembro deve representar uma recuperação mais forte, a MCM Consultores elevou sua previsão para o terceiro trimestre de alta de 4% para 6,5%. “Os indicadores de julho e os parciais de agosto mostram a atividade caminhando. O resultado parece ser de uma recuperação muito boa, ainda que heterogênea”, diz o economista Alexandre Teixeira.