A velocidade dos acontecimentos faz quem insista em suas exigências passar por repetitivo. O agravamento da pandemia e seu cortejo de mortes e de desespero contido, ao mesmo tempo em que exige pressa em seu enfrentamento, alimenta uma interminável confusão de propósitos em que o essencial se perde como pormenor de pouca relevância.

João Guilherme Vargas Netto*

joao guilherme 696x463É preciso persistir e continuar insistindo em que a VIA é o caminho: vacina para todos e vacinação organizada, isolamento social com regras suscetíveis de angariar apoio da população e auxílios emergenciais capazes de garantir um nível mínimo de sobrevivência nas difíceis situações porque todos passam.

Proliferam manifestos, tomadas coletivas de posição e artigos qualificados que listam questões essenciais, mas subestimam o necessário equilíbrio da VIA com seus 3 componentes indispensáveis. Desprezam muitas vezes o auxílio emergencial que é elemento fundamental para as medidas de Saúde Pública.

O movimento sindical unido tem procurado (como o fez ontem em sua jornada nacional de esclarecimento e mobilização) apresentar-se aos trabalhadores e à sociedade como um exemplo de persistência e de insistência.

Trabalha para o esclarecimento do povo trabalhador, defende medidas de isolamento social e protocolos de combate à doença, articula-se com parlamentares, governadores, prefeitos e outras autoridades para a adoção de medidas imediatas de socorro ao povo e pratica a necessária e urgente solidariedade social.

Toda sua força deve ser, no entanto, direcionada à obtenção urgente do Auxílio de R$ 600 até o fim da pandemia para todos os necessitados e de medidas de apoio às micro e pequenas empresas, como foi exigido na Carta dos 16 Governadores.

Os deputados e senadores devem ser convencidos a discutir e votar urgentemente a MP do Auxílio Emergencial elevando de imediato os exíguos valores determinados. Ao mesmo tempo, o movimento sindical deve reivindicar aos governadores e prefeitos ações complementares de auxílio e alívio fiscal imediatamente.

Ficar vivo e agir correta e persistentemente é obrigação coletiva.

(*) Membro do corpo técnico do Diap. É consultor sindical de diversas entidades

Fonte: Diap

https://www.diap.org.br/index.php/noticias/artigos/90408-ficar-vivo-e-agir-corretamente