Alta, menor apenas que a da Venezuela, causou uma série de atos contra o governo

Sylvia Colombo
BUENOS AIRES

A inflação de 2018 na Argentina fechou o ano em 47,6%, acima do previsto no início do ano, segundo os dados divulgados nesta terça-feira (15). 

No início do ano passado, o governo havia estimado que o aumento dos preços terminaria 2018 entre 15% e 20%.

A maioria dos sindicatos seguiu esses parâmetros na hora de para negociar o reajuste dos trabalhadores. No meio do ano, porém, a inflação já superava esse patamar, levando a protestos, greves e atoscontra o governo.

O valor revelado nesta terça é o mais alta do país em 27 anos, desde os tempos da hiperinflação. É, também a segunda mais alta inflação na América Latina, depois da Venezuela, que vive uma crise econômica e inflacionária. , 

Transportes e tarifas foram os principais responsáveis pela alta nos preços. O atual presidente, Mauricio Macri, retirou os subsídios das suas áreas, que vinham desde o governo de Nestor Kirchner (2003-2007) e que seguiram no de Cristina (2007-2015).  

Além deles, alimentos, combustíveis, roupa e serviços de saúde e educação também puxaram a inflação para cima. 

Os aumentos refletem a política de ajuste fiscal adotada pelo governoMacri

Em junho, a Argentina acertou com o FMI (Fundo Monetário Internacional), um empréstimo de US$ 57 bilhões (R$ 212 bilhões) e em troca teve que fazer um corte radical nos gastos sociais e implementar um déficit fiscal zero para 2019.

Folha de S.Paulo