Por João Borges


A equipe econômica do governo avalia incluir na reforma da Previdência Social uma proposta para reduzir de 8% para 7,5% a alíquota da contribuição previdenciária de trabalhadores de baixa renda.

Paralelamente a isso, o governo avalia aumentar a alíquota dos trabalhadores de alta renda, aplicando o seguinte princípio: quem ganha mais paga mais.

A tabela atual de contribuição prevê as seguintes alíquotas:

  • 8%: para quem ganha até R$ 1.751,81;
  • 9%: para quem ganha entre R$ 1.751,82 e R$2.919,72;
  • 11%: para quem ganha entre R$ 2.919,73 e R$ 5.839,45.

A proposta, em fase de finalização pela equipe econômica, procura "desmontar os privilégios e desigualdades" do sistema, conforme tem dito o ministro da Economia, Paulo Guedes.

Nas simulações mais recentes, a economia com a reforma poderia ficar entre R$ 700 bilhões e R$ 1,3 trilhão. Por isso o ministro tem falado em uma economia de "pelo menos R$ 1 trilhão" com a reforma.

Se houver alívio em uma das pontas da reforma, como idade mínima diferente para homens e mulheres, ou um período de transição mais longo, isso terá que ser compensado em outros pontos da reforma.

Em princípio, as simulações serão levadas ao presidente Jair Bolsonaroassim que ele deixar o hospital. Uma vez aprovada, a proposta será divulgada e encaminhada ao Congresso imediatamente.

 — Foto: Editoria de Arte / G1

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