A terceira greve geral que prevê paralisação em diversos setores em todo país está programada para acontecer nessa sexta-feira (30) e já tem setores como bancários e professores estaduais confirmados na adesão. Além deles, serviços administrativos e técnicos da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e do Hospital de Clínicas (HC) também serão afetados. A greve geral, no entanto, pode não acontecer com a mesma intensidade, já que o presidente Michel Temer, por meio do ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, conseguiram intervir na decisão das principais centrais sindicais.

Ainda assim, nessa semana, categorias como motoristas e cobradores, funcionários do Correios, servidores da saúde, entre outros, devem realizar assembleias, por meio de sindicatos, para decidir se participam da greve geral. Os metalúrgicos devem aderir ao movimento, mas ainda não decidiram de que forma devem participar.

De acordo com o presidente do sindicato que representa os motoristas e cobradores de Curitiba e região, Anderson Teixeira, haverá uma assembleia até quinta-feira (29) que deverá decidir pela adesão ou não ao movimento grevista. “Faremos uma reunião com a Central e, logo em seguida, marcaremos a assembleia para que os trabalhadores decidam, como foi da última vez”, disse à Banda B.

As agências bancárias não abrirão na sexta-feira e canais alternativos de pagamento podem ser usados no período. “Caixas eletrônicos, internet banking, mobile banking, banco por telefone e correspondentes” estão disponíveis para este tipo de operação bancária, informou, por nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). A expectativa do Sindicato dos Bancário de Curitiba é que a adesão seja ainda maior que a última paralisação.

Servidores e professores municipais ainda não se manifestaram sobre a greve geral de sexta-feira, já que estão com as atividades suspensas nessa segunda-feira (26) contra o projeto de ajuste fiscal enviado aos vereadores pelo prefeito Rafael Greca (PMN), que está sendo votado na Ópera de Arame, no bairro Pilarzinho, em Curitiba, após três tentativas na Câmara Municipal de Curitiba.

                           

Governo

Receosos de que o dia de greve geral se transforme em ‘Fora Temer’, o Governo conseguiu, durante uma reunião na semana passada em São Paulo, que as centrais sindicais recuassem da manifestação. Diante de representantes da Força, UGT, Nova Central e CSB, o ministro do Trabalho acenou com a possibilidade de manutenção da contribuição sindical e a extinção gradativa do imposto.

Em nota, horas depois, apenas a CUT anunciou que manteria as manifestações nas sedes sindicais sob o título de ‘greve geral contra as reformas de Temer’.

                        

Fonte: BandaB, 27 de junho de 2017