Por G1

O recuo de 1,3% na produção industrial na passagem de junho para julho foi acompanhado por sete dos 15 locais analisados pela edição regional da Pesquisa Industrial Mensal do IBGE. As maiores quedas foram registradas no Amazonas (-14,4%), São Paulo (-2,9%), Minas Gerais (-2,6%), Pará (-2,0%), Rio Grande do Sul (-1,7%), Santa Catarina (-1,5%) e Rio de Janeiro (-1,4%).

Para Bernardo Almeida, analista da pesquisa, o mês de julho demonstra, em primeiro plano, o retrato da indústria regional que já era visto antes da pandemia. “Com o avanço da vacinação e uma maior circulação de pessoas, a indústria começa a mostrar sua realidade pré-pandemia, mas com condições que se acentuaram, como o desemprego e a inflação”, afirma.

Depois de quatro taxas positivas, a queda no Amazonas eliminou parte do crescimento de 18,6% acumulado entre março e junho.” Dois setores muito influentes no estado tiveram baixo desempenho: o setor de bebidas e o de outros equipamentos de transporte”, explica Almeida. A queda é a mais intensa desde abril do ano passado, quando a indústria amazonense atingiu o pior patamar da série histórica (-48,7%), no auge da pandemia. Com o resultado, o Amazonas foi a segunda principal contribuição negativa no índice nacional e saiu da lista dos locais acima do patamar pré-pandemia.

Principal influência negativa e local com a segunda maior queda absoluta, São Paulo registrou a segunda taxa negativa seguida, acumulando em dois meses uma perda de 3,7%. “Essa queda de julho se refere muito ao setor de veículos, o que mais se destacou negativamente, e como já se sabe, um dos maiores da indústria paulista”, diz o analista. O resultado de julho também tirou São Paulo dos locais acima do patamar pré-pandemia e o estado agora está 0,4% abaixo de fevereiro de 2020.

Já a Bahia (6,7%) apontou a maior alta no período, seguida pelo Espírito Santo (3,7%), Região Nordeste (3,4%), Paraná (3,3%), Pernambuco (2,5%), Ceará (1,5%), Mato Grosso (1,1%) e Goiás (0,8%).

Com o resultado de julho, três locais estão acima do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020, com destaque para Minas Gerais (11,8% acima), que desde julho do ano passado é o único local que se mantém. Santa Catarina (3,4%) e Paraná (0,4%), que entrou na lista com o resultado de julho, são os outros dois locais.

Acumulado do ano

Na comparação com julho de 2020, o setor industrial nacional cresceu 1,2% em julho de 2021, com sete dos 15 locais pesquisados apontando taxas positivas: Espírito Santo (9,4%), Minas Gerais (8,6%), Paraná (8,2%) e Santa Catarina (7,8%) assinalaram as expansões mais intensas. Rio de Janeiro (2,8%), Rio Grande do Sul (2,4%) e São Paulo (1,3%) completaram o conjunto de locais com índices positivos.

Por outro lado, Bahia (-12,2%), Pará (-10,9%) e Região Nordeste (-9,6%) apontaram os recuos mais intensos em julho de 2021. Pernambuco (-8,6%), Amazonas (-8,1%), Ceará (-3,2%), Mato Grosso (-3,1%) e Goiás (-3,0%) também mostraram taxas negativas no mês.

No acumulado do ano de 2021, de janeiro a julho, frente a igual período do ano anterior, a expansão verificada de 11% na produção nacional se refletiu em 10 dos 15 locais pesquisados, com destaque para Santa Catarina (23,1%), Ceará (20,9%), Amazonas (20,8%), Rio Grande do Sul (17,8%), Minas Gerais (17,2%), Paraná (16,2%) e São Paulo (14,7%). Já Espírito Santo (11,0%), Pernambuco (5,9%) e Rio de Janeiro (3,9%) completaram o conjunto de locais com avanço.

Por outro lado, Bahia (-14,9%) apontou o recuo mais intenso no índice acumulado do ano. Mato Grosso (-5,0%), Goiás (-3,8%), Região Nordeste (-1,4%) e Pará (-0,5%) também mostraram taxas negativas.

Fonte: G1

https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/09/09/producao-industrial-cai-em-7-de-15-locais-pesquisados-em-julho.ghtml