O Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) e Fundação Seade divulgaram terça (6) estudo sobre a situação da mulher no mercado de trabalho em 2017. A publicação, lançada em alusão ao Dia Internacional da Mulher, traz as principais informações sobre o trabalho feminino na Região Metropolitana de São Paulo.

De acordo com o estudo, houve queda de 1,1% do nível de ocupação entre 2016 e 2017. Esse resultado negativo refletiu no aumento da taxa de desemprego das mulheres, que passou de 18,3% em 2016, para 19,7% em 2017. A desocupação afetou principalmente as empregadas domésticas e assalariadas com Carteira assinada na indústria, construção, comércio e serviços.

                        

Desemprego de mulheres chega a quase 20% em 2017

                  

Já rendimento médio real por hora apresentou pequena variação positiva de 1,2%, passando para R$ 10,79. Mesmo assim, o valor equivale a 87% do recebido pelos homens (R$ 12,42).

Violência - O cenário enfrentado pela mulher brasileira nos últimos dois anos é preocupante. Assim como o nível de desemprego feminino cresceu, a violência doméstica contra a mulher persiste.

Recente pesquisa do Instituto Datafolha, realizada nos 130 principais municípios brasileiros, mostra que mais de 500 mulheres são agredidas por hora no País. Entre as vítimas, 4% sofreram ameaças com armas de fogo ou com facas 4%, ou seja, 1,9 milhão de mulheres. Espancamentos e estrangulamentos vitimaram 3%, o que representa 1,4 milhão de mulheres.

Negras e jovens - O levantamento aponta que os assédios mais graves aconteceram entre jovens (16 a 24 anos) e entre mulheres negras. Entre as vítimas de assédio físico em transporte público, 17% eram jovens e 12% negras.

                   

Fonte: Agencia Sindical, 08 de março de 2018