Contra o ‘pacotaço’ do prefeito de Rafael Greca (PMN), os servidores municipais ligados ao Sismuc (Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba) aprovaram greve geral a partir da próxima segunda-feira (8). A intenção é parar a aprovação dos projetos apresentados à Câmara Municipal de Curitiba, que estão caminhando e devem ir a plenário na próxima segunda-feira (12).

Os servidores acusam a Prefeitura de Curitiba de retirar os direitos adquiridos pela categoria. “Infelizmente, a Câmara tem um conjunto de vereadores que conseguem cargos comissionados e votam de forma favorável ao prefeito de Curitiba. Isso nos levou a essa medida drástica, que é uma paralisação a partir de segunda-feira”, explicou à Banda B Irene Rodrigues, presidente do Sismuc.

      

Professores municipais também vão parar

Em assembleia unânime, os professores municipais também decidiram entrar em greve a partir da próxima segunda-feira, dia 12 de junho, por tempo indeterminado. A decisão foi confirmada pelo Simmac, sindicato que representa a categoria.

     

Nota Prefeitura:

“A Prefeitura não foi comunicada oficialmente da decisão dos sindicatos. No entanto, ressalta que tem mantido aberto um canal de negociação com os servidores. Desde o final de março, quando começaram os encontros com a Comissão de Negociação com os sindicatos que representam as categorias profissionais do serviço público municipal, representantes da administração estão promovendo uma reunião a cada 2,7 dias úteis com os sindicalistas.”

     

Reunião extraordinária

Em reunião extraordinária realizada nesta quinta-feira (8), a Comissão de Economia, Finanças e Fiscalização da Câmara Municipal acatou mais quatro projetos de lei de iniciativa do prefeito Rafael Greca relativos ao chamado Plano de Recuperação, que tramitam em regime de urgência, após aprovação pelo plenário da Casa. As proposições serão incluídas na ordem do dia das sessões plenárias da semana que vem, quando devem iniciar os debates pelos vereadores.

A primeira matéria acatada pelo colegiado dispõe sobre o Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Curitiba (IPMC), que recebeu parecer favorável do relator Sabino Picolo (DEM). Um dos pontos diz respeito ao aumento das contribuições previdenciárias dos servidores em 0,5% ao ano, dos atuais 11% para 14%, entre 2018 e 2023. No mesmo período, a prefeitura aumenta seu repasse de 22% para 28%, com 1 ponto percentual ao ano. A proposta também diminui a taxa administrativa incidente sobre o valor total da remuneração, de 2% para 1%, e prevê a retirada de “valores indevidamente recolhidos” referentes à contribuição patronal dos servidores inativos, estimado em R$ 600 milhões.

       

Fonte: Banda B, 09 de junho de 2017