Por Alexandro Martello, g1 — Brasília

O nível de atividade da economia brasileira iniciou o quarto trimestre em queda, segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (15) pelo Banco Central. Esse foi o quarto mês seguido de contração.

O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), mostrou recuo de 0,40% em outubro, na comparação com o mês anterior. O número foi calculado após ajuste sazonal, uma espécie de "compensação" para comparar períodos diferentes.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. No terceiro trimestre deste ano, a economia registrou contração de 0,1%, dando início a um período de recessão técnica.

Na comparação com outubro do ano passado, informou o Banco Central, o indicador do nível de atividade da instituição teve queda de 1,48%.

Ainda de acordo com o Banco Central:

  • No acumulado dos dez primeiros meses deste ano, o índice de atividade econômica registrou expansão de 4,99% - sem ajuste sazonal.
  • Já em 12 meses até outubro de 2021, houve alta de 4,19% – também sem ajuste sazonal.

Com a queda em outubro, o índice de atividade do BC atingiu 136,87 pontos. Esse é o menor patamar desde setembro do ano passado, quando estava em 135,95 pontos. Naquele momento, a economia brasileira estava se acelerando com a retomada de um patamar maior de mobilidade social.

Nível de atividade

O indicador do nível de atividade é divulgado em meio à desaceleração da economia, fruto da alta da inflação e da taxa básica de juros da economia, que atingiu recentemente 9,25% — o maior patamar em mais de quatro anos.

Além disso, a crise hídrica, que atinge o Brasil, também afeta a economia em várias frentes e torna ainda mais frágil a expectativa de uma recuperação robusta da atividade econômica.

PIB X IBC-Br

O IBC-Br do Banco Central é um indicador criado para tentar antecipar o resultado do PIB, mas os resultados nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais divulgados pelo IBGE.

O cálculo dos dois é um pouco diferente – o indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos, mas não considera o lado da demanda (incorporado no cálculo do PIB do IBGE).

O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária.

Em dezembro, a taxa atingiu 9,25% ao ano, o maior nível em mais de quatro anos, para conter a alta de preços. Os analistas das instituições financeiras estimam que a taxa subirá mais nos próximos meses, atingindo 11,50% no fim de 2022.

G1

https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/12/15/previa-do-pib-do-banco-central-mostra-retracao-de-04percent-em-outubro.ghtml


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