O procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Fleury, afirmou que flexibilizar leis trabalhistas não é solução para a crise econômica. O chefe do Ministério Público disse ainda o texto da reforma trabalhista em tramitação no Senado (PLC 38/17) contém uma série de propostas que prejudicam os direitos dos trabalhadores.
Em audiência das comissões de Assuntos Sociais (CAS) e de Assuntos Econômicos (CAE) na quarta (10), ele destacou que o projeto chega ao absurdo de subverter a lógica do direito do trabalho, considerando o trabalhador a parte mais forte da relação e o patrão a mais fraca.
Procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Fleury
Fleury frisou que a flexibilização das leis trabalhistas não gera empregos. “O que cria emprego é o aumento da demanda. O empresário só admite mais gente se precisar para dar conta da demanda. Ele não vai contratar mais gente só porque está mais barato contratar”, observa.
O procurador disse ainda que o projeto ataca a subsistência dos Sindicatos ao prever o fim da contribuição obrigatória.
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