Por Hugo Passarelli, Valor — São Paulo

Apenas 17,8% dos trabalhadores brasileiros têm condições mínimas de infraestrutura, como computador, acesso à eletricidade e internet, para trabalharem de casa. Segundo estudo do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (FGV Ibre), o total poderia chegar a 25,5% se fossem consideradas todas as atividades aptas ao trabalho remoto e se os profissionais tivessem acesso à infraestrutura necessária.

Na prática, porém, de acordo com dados do IBGE, o maior índice de pessoas que trabalharam de casa durante a pandemia foi de 10,4% em junho do ano passado. Em países desenvolvidos, como Reino Unido, Estados Unidos e Dinamarca, o potencial para o trabalho remoto fica em torno de 40%.

A baixa capacidade para o home office é um desafio para o Brasil, num cenário em que a modalidade tende a ganhar espaço em razão das transformações geradas pela pandemia. No cenário global, o país, que já patinava em indicadores de produtividade, pode ficar ainda mais atrás nesse terreno.